quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Polarização política nos EUA


O Poole atualizou as medidas com dados de 2011 e arrumou um jeito de analisar os presidentes. Para tal utilizou informações de quando eles eram senadores ou, quando isso não é possível, dos senadores que os estão apoiando.

(O leitor fiel deve se lembrar de um post há bastante tempo atrás em que explicava rapidamente a metodologia econométrica. Aqui estou reportando somente as posições na dimensão ideológica (conservador-liberal) dos políticos. Quanto mais conservador, mais alto é o número (governo pequeno, gastos somente com defesa, etc.). Quanto mais liberal (governo grande, redistribuição de renda), mais baixo é o número. O leitor infiel, bem, dane-se você.)

Na primeira figura a posição da Casa (deputados). Veja que a distância entre republicanos e democratas aumentou, há mais polarização ainda. No último ponto (2011) os democratas começaram se moveram para baixo (liberal). Curioso, mas não sei se devemos dar muita atenção a isso, se é simplesmente um ponto fora da curva. Melhor esperar algumas décadas e fazer uma análise mais robusta.

Na segunda figura, os presidentes.  Republicanos mais extremos e democratas mais centristas com o tempo. O Obama bundão podendo ser interpretado como uma tendência dos tempos.

Na terceira figura a posição do Obama e do Romney. Ambos muito parecidos com relação ao seu partido, tendo cerca de 2/3 dos deputados mais extremos do que eles. Achava que o flip-flopper ficaria mais no centro, e só por isso nutria certa simpatia por sua candidatura.






3 comentários:

  1. Queria ver como é que fica uma análise nesses termos para o Brasil.

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  2. Acho que o Fernando Limongi (depto Ciencias Políticas da USP) fez isso uma vez, mas não atualiza

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  3. Fábio, como ficaria o gráfico de baixo se o candidato republicano fosse o Rick Santorum? temo que teremos uma distância enorme em relação ao Obama.

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