O Poole atualizou as medidas com dados de 2011 e arrumou um
jeito de analisar os presidentes. Para tal utilizou informações de quando eles
eram senadores ou, quando isso não é possível, dos senadores que os estão
apoiando.
(O leitor fiel deve se lembrar de um post há bastante tempo
atrás em que explicava rapidamente a metodologia econométrica. Aqui estou
reportando somente as posições na dimensão ideológica (conservador-liberal) dos
políticos. Quanto mais conservador, mais alto é o número (governo pequeno,
gastos somente com defesa, etc.). Quanto mais liberal (governo grande,
redistribuição de renda), mais baixo é o número. O leitor infiel, bem, dane-se
você.)
Na primeira figura a posição da Casa (deputados). Veja que a
distância entre republicanos e democratas aumentou, há mais polarização ainda. No último ponto (2011) os democratas
começaram se moveram para baixo (liberal). Curioso, mas não sei se devemos dar muita
atenção a isso, se é simplesmente um ponto fora da curva. Melhor esperar
algumas décadas e fazer uma análise mais robusta.
Na segunda figura, os presidentes. Republicanos mais extremos e democratas mais
centristas com o tempo. O Obama bundão podendo ser interpretado como uma
tendência dos tempos.
Na terceira figura a posição do Obama e do Romney. Ambos
muito parecidos com relação ao seu partido, tendo cerca de 2/3 dos deputados
mais extremos do que eles. Achava que o flip-flopper
ficaria mais no centro, e só por isso nutria certa simpatia por sua
candidatura.
Queria ver como é que fica uma análise nesses termos para o Brasil.
ResponderExcluirAcho que o Fernando Limongi (depto Ciencias Políticas da USP) fez isso uma vez, mas não atualiza
ResponderExcluirFábio, como ficaria o gráfico de baixo se o candidato republicano fosse o Rick Santorum? temo que teremos uma distância enorme em relação ao Obama.
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