terça-feira, 20 de março de 2012

Em Defesa do BCB


A economia é como um transatlântico, não como uma lanchinha. A presença de contratos e custos de ajustamento faz com que mudanças nos preços e nos investimentos aconteçam aos poucos. Há muita inércia. Aquilo que ocorreu no passado imediato tem importância imensa no futuro, o que faz com que as variações sejam suaves.

É normal dirigir um transatlântico com manobras suaves, virando aos poucos a direção. Numa lanchinha é possível dar cavalo de pau, fazer curvas agudas. O motorista pode mover bruscamente a direção que a lanchinha responde. Em contraste, se o motorista do transatlântico virar agressivamente sua direção o navio simplesmente o ignora. Alguém que esteja observando o transatlântico nem perceberá se o motorista está bêbado.

Por analogia, o fato do Banco Central acelerar o corte dos juros e parar antes, ou mudar de direção algumas vezes, nem será percebido na prática. Um observador que só tivesse acesso ao PIB brasileiro nem ficaria sabendo se BCB moveu a Selic de forma nervosa ou não. O custo do que está ocorrendo, em termos de bem estar, é ridículo. Se está servindo para irritar o CESG, eu acho que vale a pena.

4 comentários:

  1. O capitão Francisco Schettino também pensava assim...

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  2. Mas, fica difícil saber se o cavalo de pau foi dado na inflação.

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  3. Vou virar "cesguinho paz e amor"....quem sabe a Dilma não me chama para eu presidir o BC no seu segundo mandato?

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  4. Em contraste, se o motorista do transatlântico virar agressivamente sua direção o navio simplesmente o ignora. Alguém que esteja observando o transatlântico nem perceberá se o motorista está bêbado.
    Acabei de descobrir porque o país parecia bem no mandato do Lula

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