Tudo é possível, e já se começou a falar em QE (Quantitative
Easing) no Brasil. O suposto motivo é poder fazer politica monetária mais
expansionista sem ter o problema de reduzir a Selic mais do que o atualmente
possível, dada a regra da Poupança.
Note que é tudo análogo aos EUA, substituindo moeda por
poupança. Em vez do piso da nossa taxa
de nominal juros ser zero, ele é dado pela remuneração mínima da Selic que não
implicaria numa fuga dos títulos do Tesouro para a Poupança. Igual o Bernanke,
o Tombini compraria títulos de longo prazo, imprimindo dinheiro. E imagino que
ele também controlaria a quantidade de dinheiro de tal forma a manter a Selic
no patamar anunciado, de 9%.
Eu acho que seria um grande barato, um sinal inequívoco de
nosso desenvolvimento como nação. Também uma oportunidade única de testar a
teoria que de que a demanda dos títulos alguma hora se inverteria. Conforme
mais títulos de longo prazo são comprados (e mais moeda é impressa), a
expectativa de inflação sobe. Alguma hora esse aumento de expectativa de
inflação supera a redução na expectativa de juros reais, fazendo com que os
juros nominais subam. Isto é, a partir de um ponto, quanto mais títulos o
Tombini comprar, menores serão os preços desses títulos (maiores serão os juros
nominais).
Estou ansioso.
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