Em post anterior argumentei que a ideia de que corte de gastos é contraproducente é balela. O Laurêncio Summers, que sempre visita O
Consciência, e ficou chateado com o fato do CESG chamá-lo de Lorenço, disse que
meu argumento está correto. A única diferença dele comigo é que o tamanho da
corcova, aquela fase em que o PIB cai devido ao corte de gastos, é
muito longa e profunda.
Vou tentar trabalhar um pouco nisso. Mas sei que cai
invariavelmente nas questões de magnitude do multiplicador keynesiano, que
supostamente está grande, devido a impossibilidade de reação da política monetária.
Em minha opinião, que é a correta, apesar do juros curtos
estarem em zero, o fato do juro longo poder se mexer faz com que o multiplicador
seja baixo como sempre, algo em torno de 0,7. Em termos temporais há pouca
discordância: o impacto do corte de gasto sobre o PIB ocorre instantaneamente,
no mesmo trimestre.
Meio besta. Acho mais interessante fazer um estudo de caso com
o Reino Unido, que está avançado nesse processo de ajuste fiscal, e está
pastando. Volto depois com isso.
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