quinta-feira, 2 de maio de 2013

Desemprego Negativo


Continuo perturbado com a série de desemprego. Brincando com o CAGED consigo obter uma série de desemprego parecida com a do IBGE utilizando hipóteses razoáveis de oferta. Talvez oferta seja mesmo a explicação. Mas continuo achando que não ter relevância alguma.

A utilidade do desemprego, como medida de ociosidade, só serve mesmo se a série for razoavelmente estacionária. Se tivermos que filtrá-la ou criar uma NAIRU com tendência, daí é melhor usar uma série de emprego. Tem melhor relação com o PIB, não é defasada, e tem implicações teóricas mais claras. Alternativamente, mesmo que o desemprego seja negativo, como vou filtrá-lo, seu nível não terá relevância.

Fiquei então no seguinte (ajudado pelo X). O crescimento da população em idade ativa caiu uns 0,5% durante os últimos dez anos. Isso significa que o PIB tendencial (baixa frequência), caiu por volta disso, nesse período. Na alta frequência, para averiguar ociosidade do mercado de trabalho continua sendo melhor filtrar CAGED. O desemprego baixo não tem significado econômico nenhum. Em particular, ele não indica que não podemos crescer. Talvez tenha implicações sobre a popularidade da presidenta, mas isso é outra coisa.

6 comentários:

  1. Economista X como economista do ano!! http://www.coreconsp.org.br/formularioindicacao.php

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  2. Depois do Mantega (2011) e do Macedo (2012), 2013 é o ano do X!! Eu já votei!

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  3. Tks guys,
    As long as it helps in promoting the fight against the heterodox scam, I am pleased

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  4. Suppose you win, X, will you show up there?

    I could replace you, old pal, since i am more handsome

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  5. Uma coisa me incomoda...com uma proporção considerável de informais, ao utilizar o CAGED você deixa isso de lado. Como isso afeta (ou não muda?!) sua análise? Por mais que o CAGED tenha uma abrangência maior, não seria mais interessante utilizar a PME (por mais restrita que ela seja)? Ou é besteira?

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  6. A preocupação é legítima, mas como a formalização tem sido um processo lento (1% ao ano no máximo), e ainda há mais que 30% de informais (mesmo cosiderando os "conta própria"), a análise não se altera

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