sexta-feira, 31 de maio de 2013

Modelo Chorinho e o PIBinho

Meu modelo de DSGE Chorinho começa a contar uma história mais consistente das razões para o PIBinho: crédito.
Pelo lado micro, a história é velha, e até que cola. Do lado da demanda, endividamento das famílias, alavancagem das empresas, e a inadimplência. Do lado da oferta, bancos públicos menos eficientes que privados, o crédito para trocar de dívida em vez de novo consumo e projetos.

Pelo lado macro, tampouco é tão surpreendente assim. Com os novos números (consumo e caged baixos, investimento e inflação altos), não parece ser produtividade ou política monetária. Commodities também não, devido ao timing. Sobra o crédito/incerteza, reduzindo tanto consumo quanto investimento. O chorinho sugere que é um choque muito duro, comparado ao da crise de 2009, e que se não fosse pela política monetária e fiscal expansionista, o PIB seria muito pior.

10 comentários:

  1. E o desemprego, continua elegendo a Dilma ou vai ajudar a mandar os heterodoxos pro buraco?

    Daqui a pouco o mantega anuncia que a meta do governo é com desemprego, não inflação e pib.

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  2. Minha compreensão é que o desemprego filtrado (alta frequencia) indica que há desaceleração, mas na baixa frequência, que parece ser o que importa para popularidade, continua lindo. (É como se a nairu estivesse caindo). A Dilma se reelege fácil, e muda a meta, como vc diz.

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  3. Pra que olhar tanto a Macro da coisa?
    Olha só os fundamentos Micro :3
    eles pioraram, tudo piorou :3

    Cadê o Antoninho de Botucatu pra dar uma surra de New-Classics Macroeconomics em vocês ? :O

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    1. Tudo isso que o FK falou nao saiu de um is/lm, mas de um modelo macro microfundamentado com uns penduricalhos de rigidez. O antoninho esta no interior do paquistao sem conexão internet. Volta semana que vem. Ou nao.

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    2. Falar que Política Monetária e Política Fiscal atenuaram a decepção com o PIB, é supor que eles são independentes dos problemas em crédito/incerteza, mas na verdade são as causas desta ultima ....

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    3. Verdade, estou tratando como choques ortogonais mas desta vez parece haver correlação entre eles, point taken

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  4. Fábio, você diz que nao parece ser produtividade por conta do investimento que veio bom. Certo? Mas com bndes emprestando a juro real zero, mesmo uma produtividade de merda nao vai impedir crescimento do investimento.

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  5. O principal responsavel pela produtividade boa é o mercado de trabalho fraco (assumindo que minha forma de analisa-lo está correta...); dito isso, acho que entender o BNDES, bb, CEF é o crucial

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Professor, o investimento tá bem explicado ou teve choque exógeno elevado? Pergunto pq lembro que alguns dsges mostravam que houve choque exógeno negativo no 1T12 (provavelmente caminhão), e parece que caminhão ajudou bem no investimento do 1T13.

    Gosto da história do crédito tb, mas nos dsge do meu tempo (sw), o choque que captava as condicoes financeiras fazia com que consumo e investimento caminhassem juntos. aí, a conta só fechava com choque adverso de premio de risco somado a choque positivo de investimento. O jogo ainda tá por aí ou as novas sofisticaçoes desse modelo me deixaram mais para trás que nosso amigo tiete dos ex-presidentes do bc?

    Abs

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