Olha, Delfim, nao foi legal o que você escreveu no Valor hoje. Equivale a chamar os outros de idiota. Eu, economista x, nao sou idiota e tenho duvidas sobre a autonomia do BC sim. O governo criou essas duvidas, nao os mercados que você tanto critica. A presidente disse que quem fala de inflação eh o Mantega e afirmou num lampejo de sinceridade ( que revelou sua ignorância sobre teoria economica) que nao existe tradeoff entre crescimento e inflação no curto prazo, tudo o mais constante. O que você quer que as pessoas acreditem, dado isso e dado que a inflação esta gordinha que só ela?
O pessoal técnico do BC eh muito bom mesmo, tenho amigos lá competentes. Mas nao sao apenas eles que sabem rodar modelo de dsge, Delfim! Se liga, po!
Pare de torcer, e volte a analise rigorosa (nao consigo por a crase no iPad)! Baixe o dynare no matlab e rode seus próprios modelos de dsge, eh relativamente fácil para uma pessoa inteligente como você.
Naive supor que Delfim seja um analista isento. Eh na melhor hipotese, um sincero ideologo do intervencionismo e dirigismo estatal e, na pior, um pistoleiro de aluguel a servico do PT. Mas o interessante eh que ateh a troika de conselheiros heterodoxos de Dilma, formada por Delfim, Nakano e Belluzo, reconhecem hoje que nao dah mais pra conviver com inflacao no topo da banda. O aperto estah praticamente sacramentado.
ResponderExcluirabracos (caso o Kanczuk esteja lendo),
Jorge Larangeira
Os conselheiros econômicos foram ao planalto e o discurso está afinado. Mesmo elevando os juros fica claro que o BC está de passageiro na política monetária. E o governo nem tenta esconder isso mais.
ResponderExcluirDantas
X,
ResponderExcluirSerá que o Delfim passou do Modelo IS-LM?
O Jabba é um cara muito inteligente! Quem não tem base econômica cai no papo dele.
ResponderExcluirAcho que ele erra nas 3 críticas! Apesar do BC não ter iniciado o processo de alta de juros quando deveria (e, assim, ter contaminado a expectativa de inflação), acredito que a Autoridade Monetária esteja testando um novo equilíbrio de juros sabendo que o processo transitório traz consigo um tanto a mais de inflação do que seria desejado. Resta esperar a próxima troca de poder (fim de 2014) e ver como o BC vai se portar...
Uma coisa que me incomodou foi o elogio que o Jabba fez ao trabalho do working paper do BC. Ele faz o elogio, mas deixa de lado que as condições de steady-state do modelo implicam a ausência de trade-off de longo prazo entre inflação e desemprego que ele tanto criticava antes. Aposto que ele sabia disso!
No Brasil, via de regra, os economistas mais seniores cagam muita regra sem terem base intelectual para isso. A maioria de fato nao passou do ISLM. Poucas sao as exçecoes.
ResponderExcluirA desonestidade intelectual do Delfim é oceânica (o mau-caratismo em outras esferas é assustador também, mas isto é uma história muito longa para ser contada aqui).
ResponderExcluirToda a crítica que ele faz ao "mercado" e aos "economistas ligados ao sistema financeiro" no sentido de que as restrições à política econômica são ideológicas deve ser aplicada a ele mesmo. Como foi bem dito pelo Larangeira acima, ele sempre foi um ideólogo do intervencionsimo e dirigismo estatal e esta crença o leva a atacar tudo o que se desvia dela.
Cabe lembrar aos mais novos que foi Delfim na Fazenda quem interrompeu no começo dos anos 70 o processo estabilizador de Campos-Bulhões iniciado em meados da década de 60, com o argumento imbecil de que a inflação residual era um problema estrutural de custos, não de excesso de demanda, e que cabia usar os instrumentos de política econômica para acelerar o crescimento & ampliar a oferta (alguma similaridade com a discussão atual?). Com isso inflou a atividade para produzir o "milagre" e legitimar o período mais negro da ditadura militar. A deterioração fiscal, o aumento do desequilíbrio das contas externas e a conseqüente aceleração inflacionária que levaram depois à década perdida podem ser debitados na conta dele.
Aliás, o segundo delfinato no começo dos anos 80 foi um desastre ainda pior de gestão política econômica, com prefixação da correção monetária e cambial em cerca da metade da inflação corrente (que era de três dígitos) e outras maquinações que iniciaram a tradição de confisco do principal da dívida interna. E foi o Delfim quem literalmente quebrou o Brasil em 1982, retardando o acordo com o FMI até depois das eleições gerais de novembro daquele ano, as quais eram críticas para a formação do colégio eleitoral que elegeria o primeiro presidente civil em 1985.
Com este brilhante track record, da onde vem a credibilidade dele? É seguramente um dos economistas mais overrated do país.