Esse argumento eh do Haldane, do BoE.
Quando o policymaker não tem muita certeza sobre a natureza do choque macroeconomico -- oferta ou demanda -- meta de PIB nominal é uma boa. Suponha uma meta de 5%. Se a deficiência for de demanda, a política monetária leva o país a um crescimento, digamos, de 3,5% e uma inflação de 1,5%. Se a deficiência for de oferta, o país termina com uma inflação de 3,5% e um crescimento de 1,5%. De todo modo, a inflação fica em patamar razoável.
Ela fica mais volátil que no sistema de metas de inflação, contudo. Mas no sistema de metas de inflação, se o policymaker acha que tem um problema de oferta e ele está errado, a economia sofre à toa, diz o argumento. Mas o meu ponto é: aí, nesse caso, a inflação ficará abaixo da meta no fim do dia e o policymaker reverte curso depois. O que eu não entendo no ponto do Haldane é o seguinte: no sistema de metas de PIB nominal o cara também precisa ter uma idéia da natureza do problema para calibrar a política de juros voltada para atingir um certo alvo de PIB nominal, certo? Por exemplo, se não tiver um problema de demanda e ele baixar os juros, vai correr o risco de o PIB nominal ficar mais elevado que a meta de PIB nominal. Do mesmo jeito que no sistema de metas. Me parece que essa minha crítica não é válida no caso em que a teoria quantitativa funciona perfeitamente e a velocidade de circulação é constante. Aí, de fato, determinando M, determina-se PY e ponto final....
Eu vejo um problema grande se a componente de crescimento real dentro da meta for superestimada, o que acho que é uma tendência desses tempos. Se o crescimento potencial real for, digamos, 2% abaixo do que se acredita, uma meta nominal, se bem sucedida, implicaria em uma combinação de crescimento real + inflação que arriscaria virar "estagflacionária" - pra não falar de outras consequências indesejadas.
ResponderExcluirNo fundo, a grande tentação é criar uma versão menos brutal da União Soviética, onde todas as variáveis vão para onde quer o estado, até que deixam de ir...
Pergunta inevitável ao ver o papel de parede do blog: qual dos liberais está muito apaixonado?
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirUm Banco Central que tenha como meta a inflação vai sempre tentar alterar o seu instrumento (tx de juros, QE, etc...) de forma a deixar a expectativa da inflação próxima da meta, logo, se a economia for atingida por um choque de oferta negativo, as expectativas com relação a inflação vão aumentar fazendo com que o Banco central aumente a tx de juros de forma a trazer as expectativas para a meta, ou seja, quando a economia é atingida por um choque negativo de oferta o banco central piora a situação da economia via redução da demanda de forma a trazer as expectativas inflacionárias para perto da meta. No caso do de metas do PIB nominal o banco central deixará o mercado "dividir" o PIB nominal entre inflação e crescimento real, sendo assim o banco central não responderá de forma errada a um choque de oferta. No caso de metas de nível de preços o Banco central pode melhorar esse problema respondendo apenas aos choques de demanda, mas acredito que não seja fácil identificar o tipo de choque.
ResponderExcluirDrunkeynesian, eu não vejo isso como um grande problema e temos um problema parecido no regime de metas de inflação, qual meta de inflação deve um país usar? (http://www.centralbanknews.info/p/inflation-targets.html)observando a tabela no link percebemos que tem países que tem como meta atingir uma inflação de 1% e outros de atingir 10%.
très chiant...
ResponderExcluirce blog était meilleur sans toi carlos
mon ami,
ResponderExcluirpeut-etre vouz avez commis un erreur, en changeant "avec" par "sans"? De toute façon, je m'en fou de votre opinion
à +