Vamos lá, forçando o otimismo:
o BC surpreendeu elevando o juro 50 pontos; o que ajuda na tarefa de sinalizar independência operacional. se seguir na toada, e restabelecer algo perto do juro neutro, com uma Selic digamos a 9%, as expectativas sim irão responder, cedendo para algo mais perto de 5%. a dúvida aqui é: eles vão continuar o processo com a firmeza demonstrada na última reunião?
a programação é que as concessões venha com tudo no segundo semestre. dado que o produto marginal do capital investido em infra é absurdamente elevado no Brasil, e que as externalidades positivas são grandes, o PIB potencial pode se elevar. claro que os prazos são longos aqui, mas o investimento reage rapidamente a uma perspectiva crível de arrancada da infraestrutura. a dúvida: o investidor privado, que passou a temer o coração anti-mercado desse governo, virá de fato??
fica faltando ainda assim algo muito importante, que é reorganizar a parte institucional da política fiscal e torná-la mais contracionista no curto prazo, para ajudar o BC na tarefa anti-inflação. o grande porém aqui é que no Tesouro vem crescendo em importância o Augustin, o artífice do desmonte da institucionalidade a duras penas construída desde 2000. A presidente precisaria demiti-lo, não há solução intermediária nesse caso...
...terá ela coragem para isso? acho que nem mesmo o otimista Pangloss compraria essa...il n´etait pas si naive
Eu sou bastante otimista com 2015 :)
ResponderExcluirAcho que Dilma fazendo avançar o programa de reformas na infra-estrutura
um outro presidente em 2015 pode reverter todas as más políticas e fazer o país bombar novamente. tem que trazer a turma da puc-rj de volta para o poder
chega de unicamp/ufrj
O Bacen está tentando sinalizar que está preocupado com a pressão do lado da demanda, nota-se isso na diferença nas notas das duas últimas reuniões. Na anterior era falado em cautela, agora estão falando que os juros irão combater o processo inflacionário. Como o Carlos Eduardo disse:eles vão continuar o processo com a firmeza demonstrada na última reunião? No próximo ano teremos eleições, dado que qualquer mudança na política monetária leva alguns meses para apresentar resultados, até que ponto o Governo está disposta a implementar uma política restritiva no combate a inflação?
ResponderExcluirMesmo, aceitando que o Bacen começou a sinalizar que irá combater a inflação com juros, prefiro esperar mais umas duas reuniões do Copom para saber se isso segue.
Ah, o investimento voltará na medida que o câmbio "flutuar", e usarmos poupança externa.
Celso, Eleição usa os dados do PIB do primeiro e segundo trimestres de 2014, e eles são impactados pela política monetária de abril a dezembro de 2013. Afrouxar juros lá em 2014 não impactará tanto os dados disponíveis na eleição, então creio que se o BACEN tiver autonomia pra apertar agora, aperta mais ainda em 2014
ResponderExcluirPor que não valorizar o Cambio, ao invés de Desvalorizar, para corrigir as contas correntes e permitir uma nova rodada de absorção de poupança externa ?
ResponderExcluirSe nossas exportações tem demanda inelástica o melhor a fazer é encarece-las via apreciação cambial
Eu acho que juro baixo em 2014 é um objetivo em si mesmo, independentemente da inflação e do PIB. O tripé eleitoral da Dilma é energia, cesta básica e juros. Ela até reduziu por decreto a energia por causa do Senado. Acho bastante plausível que em meados de 2014 o BC volte a reduzir os juros.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirDe acordo.
Excluirjuro baixo entra na função-objetivo desse governo diretamente, não só via pib e inflação.
Concordo com as criticas, mas acho que esse governo teme a inflação, nao por convicção, mas pelo que andam dizendo as pesquisas que eles tem feito. O povo esta preocupado com a corrosão inflacionaria.
ResponderExcluirhttp://www.valor.com.br/brasil/3148138/politica-fiscal-austera
ResponderExcluirTo aplaudindo de pé o artigo do Delfim !
Algum comentário sobre o artigo do Delfim brincando de is-lm?
ResponderExcluir