segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pangloss?

Vamos lá, forçando o otimismo:

o BC surpreendeu elevando o juro 50 pontos; o que ajuda na tarefa de sinalizar independência operacional. se seguir na toada, e restabelecer algo perto do juro neutro, com uma Selic digamos a 9%, as expectativas sim irão responder, cedendo para algo mais perto de 5%. a dúvida aqui é: eles vão continuar o processo com a firmeza demonstrada na última reunião?

a programação é que as concessões venha com tudo no segundo semestre. dado que o produto marginal do capital investido em infra é absurdamente elevado no Brasil, e que as externalidades positivas são grandes, o PIB potencial pode se elevar. claro que os prazos são longos aqui, mas o investimento reage rapidamente a uma perspectiva crível de arrancada da infraestrutura. a dúvida: o investidor privado, que passou a temer o coração anti-mercado desse governo, virá de fato??

fica faltando ainda assim algo muito importante, que é reorganizar a parte institucional da política fiscal e torná-la mais contracionista no curto prazo, para ajudar o BC na tarefa anti-inflação. o grande porém aqui é que no Tesouro vem crescendo em importância o Augustin, o artífice do desmonte da institucionalidade a duras penas construída desde 2000. A presidente precisaria demiti-lo, não há solução intermediária nesse caso...

...terá ela coragem para isso? acho que nem mesmo o otimista Pangloss compraria essa...il n´etait pas si naive 

10 comentários:

  1. Eu sou bastante otimista com 2015 :)

    Acho que Dilma fazendo avançar o programa de reformas na infra-estrutura

    um outro presidente em 2015 pode reverter todas as más políticas e fazer o país bombar novamente. tem que trazer a turma da puc-rj de volta para o poder

    chega de unicamp/ufrj

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  2. O Bacen está tentando sinalizar que está preocupado com a pressão do lado da demanda, nota-se isso na diferença nas notas das duas últimas reuniões. Na anterior era falado em cautela, agora estão falando que os juros irão combater o processo inflacionário. Como o Carlos Eduardo disse:eles vão continuar o processo com a firmeza demonstrada na última reunião? No próximo ano teremos eleições, dado que qualquer mudança na política monetária leva alguns meses para apresentar resultados, até que ponto o Governo está disposta a implementar uma política restritiva no combate a inflação?
    Mesmo, aceitando que o Bacen começou a sinalizar que irá combater a inflação com juros, prefiro esperar mais umas duas reuniões do Copom para saber se isso segue.
    Ah, o investimento voltará na medida que o câmbio "flutuar", e usarmos poupança externa.

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  3. Celso, Eleição usa os dados do PIB do primeiro e segundo trimestres de 2014, e eles são impactados pela política monetária de abril a dezembro de 2013. Afrouxar juros lá em 2014 não impactará tanto os dados disponíveis na eleição, então creio que se o BACEN tiver autonomia pra apertar agora, aperta mais ainda em 2014

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  4. Por que não valorizar o Cambio, ao invés de Desvalorizar, para corrigir as contas correntes e permitir uma nova rodada de absorção de poupança externa ?

    Se nossas exportações tem demanda inelástica o melhor a fazer é encarece-las via apreciação cambial

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  5. Eu acho que juro baixo em 2014 é um objetivo em si mesmo, independentemente da inflação e do PIB. O tripé eleitoral da Dilma é energia, cesta básica e juros. Ela até reduziu por decreto a energia por causa do Senado. Acho bastante plausível que em meados de 2014 o BC volte a reduzir os juros.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. De acordo.
      juro baixo entra na função-objetivo desse governo diretamente, não só via pib e inflação.

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  6. Concordo com as criticas, mas acho que esse governo teme a inflação, nao por convicção, mas pelo que andam dizendo as pesquisas que eles tem feito. O povo esta preocupado com a corrosão inflacionaria.

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  7. http://www.valor.com.br/brasil/3148138/politica-fiscal-austera

    To aplaudindo de pé o artigo do Delfim !

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  8. Algum comentário sobre o artigo do Delfim brincando de is-lm?

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