O pesquisador moderno em economia se agarra ferrenhamente à ideia de que as pessoas não cometem erros sistemáticos de avaliação. No domínio das decisões que afetam diretamente o bolso do indivíduo, e que são feitas com frequência que possibilite correção de erros, parece uma bela de uma hipótese. Mas quando ter ideias equivocadas não afeta o bolso, podem sim surgir erros persistentes de avaliação. Se esses erros estão associados a noções e posicionamentos que geram utilidade ou senso de identidade às pessoas (proteger o produtor nacional; querer passagem de ônibus a preço zero; achar que heterodoxia economica faz algum sentido, etc), mas não geram perdas significativas diretamente ao indivíduo, então por que investir para entender e se convencer de que elas estão erradas? No linguajar técnico, é "ótimo" não fazer isso
O pesquisador quase não mexe nesse vespeiro de vieses de avaliação; mas a vida de um professor de introdução à economia é justamente tentar desmontar crenças erradas sobre o funcionamento da economia, e vieses persistentes.
Até semana que vem
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